VISITANTES

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CARTAZ DAS COMEMORAÇÕES D0 211º ANIVERSÁRIO

BANDA FILARMÓNICA DE S. MAMEDE DE RIBATUA

É no dia 8 de Dezembro de 2010 que esta Banda Filarmónica comemora mais um aniversário...211 anos sem nunca ter interrompido funções são muitos anos....

À semelhança dos anos anteriores, no dia 8 será realizada a missa em honra de todos os músicos, sócios, maestros e benfeitores falecidos desta filarmónica. As comemorações prolongam-se no sábado, com um grande concerto. Primeiro, pelas 15:30h, o Grupo Coral Brigantino e depois a Banda Filarmónica de S. Memede de Ribatua.

Fica aqui o cartaz destas comemorações...


terça-feira, 9 de novembro de 2010

MAMEDE DE CESAREIA - O MÁRTIR

S. Mamede, santo mártir nasceu na Capadócia(1). Filho de Teódoto e Rufina, família muito nobre, que foi denunciada e perseguida por propagarem o cristianismo. A sua mãe, Rufina, deu à luz prematuramente, falecendo logo de seguida, ao ver o seu marido, Teódoto, falecer no cárcere(2).

Deste modo, Mamede ficou entregue aos cuidados de Amia, virtuosa dama de Cesareia(3), que o adoptou e educou dentro dos mais profundos preceitos morais e religiosos.

Desde muito novo Mamede demonstrou uma grande inteligência, tendo apenas alcançado o dom da palavra aquando do baptismo, que se realizava aos cinco anos de idade. Comunicando fluentemente, afirmava: “O meu nome, que me foi revelado por um anjo, será Mamede”.

Assim cresceu, instruindo-se com prestigiados mestres em letras e cultura religiosa, numa sociedade paganizada, onde as autoridades incentivavam as perseguições anticristãs. Aos doze anos, era já admirado e estimado por todos. Aproximava-se dos companheiros da sua idade e ensinava-lhes as verdades da fé, conduzindo-os também ao baptismo e iniciando-os aos cumprimentos dos mandamentos de Deus e à prática das boas virtudes.

No ano 270, o Imperador Lúcio Domicio Aureliano, mandou que Demócrito, sucessor de Alexandre I, anterior governante da região, colocasse coleiras de ferro em Mamede levando-o assim ao Imperador para que renunciasse às suas ideias e se sacrificasse aos ídolos, tendo este conformado a sua devoção a Cristo e guardando a sua fé até à morte. O Imperador, enfurecido e humilhado com a firmeza e destreza daquele homem, ordenou contra ele, as mais cruéis torturas, tendo sido submetido ao suplicio da flagelação: vergastearam o seu corpo com varas, ferros, espinhos e correias; apedrejamento e aplicação de lâminas incandescentes sobre as suas feridas. A resignação deste mártir era sem limites.

Exasperado, o tirano Imperador, ordenou que o afogassem no Rio Karassou, que banhava Cesareia. No instante em que se afogava, e para espanto de todos, viram-no erguer-se das águas, sendo transportado pela mão de Deus, até ao Monte Algeo(4), pondo-o a salvo da ira de Aureliano.

Viveu durante, dois anos, como eremita, solitário nas florestas do Monte Algeo, onde nenhum Ser Humano se atrevia a visitar. Passava os dias em orações e convivia apenas com os animais da floresta. Tinha a virtude de domar as feras selvagens e habitar com elas. Frequentemente, vestido com peles e disfarçado de pastor, descia até Cesareia para o trabalho Apostólico, chegando a doutrinar quarenta jovens.

Numa dessas ocasiões (decorria o ano de 275), Alexandre II, mandou prender Mamede e com ele os 40 jovens cristãos. Foram atirados ao cárcere. Todos os dias, eram visitados por um anjo, que lhes levava mel e leite para se alimentarem.

Por inspiração de Deus, Mamede abriu as portas do cárcere, dando a liberdade aos seus discípulos, não querendo porém ir com eles. Levado à presença do governante, recusou sacrificar-se a Apolo, e foi injustamente condenado à morte. Alexandre II, determinado a destruir aquele que considerava inimigo do Império, ordenou que acendessem uma fornalha e o atirassem para lá. Mamede, fez o Sinal-da-Cruz, quando o colocavam na fornalha, ali permanecendo durante três dias e três noites, inteiramente ileso, entre as chamas, dando Graças a Cristo.

Foi então enviado para um grande anfiteatro, e atirado aos animais, para que fosse devorado por eles: primeiro um Urso e depois um Leopardo. O Urso deitou-se aos seus pés e o Leopardo colocou as patas dianteiras sobre os seus ombros, lambendo-lhe a face.

Finalmente, atiraram-no a dois Leões enfurecidos, mas as feras deixaram-no intacto.

Alexandre II, cheio de despeito por ter sido vencido pela fé daquele jovem, ordenou que lhe abrissem o abdómen com um ferro tridente. As vísceras saíram do seu corpo e todos julgaram que Mamede estaria já morto. Passado algum tempo, ele conseguiu recolher as entranhas, erguendo-se e apoiando-se num cajado, caminhou até ao Monte Algeo. Aí, entregou a sua alma a Deus, recebendo a sua coroa da Glória.

Foi sepultado perto de Cesareia, no ano de 275. A sua fama espalhou-se pelo Oriente, Capadócia e Sicília até à Síria. Cognominado de “o grande mártir”, o culto em sua honra espalhou-se por toda a cristandade.

No martírio Romano, regista-se esse elogio, na data em que se celebra a sua memória: “17 de Agosto, em Cesareia da Capadócia – Entrada no Céu de São Mamede, filho de Teódoto e Rufina”.

S. Mamede figura entre os santos curadores, talvez pela sua associação ao suplício das entranhas dilaceradas. O Santo Mártir, é lembrado na cura dos males do aparelho digestivo e alivio das dores internas, inclusive o parto.

Resumidamente, Mamede foi um propagador da Mensagem Apostólica de Jesus Cristo, tendo sido perseguido e martirizado. Foi posteriormente santificado, sendo padroeiro de inúmeras comunidades espalhadas por todo o Mundo, tal como na nossa aldeia de S. Mamede de Ribatua.



Algumas referências associadas ao Mártir S. Mamede:

• S. Mamede – cidade no Paraíba (Brasil);

• S. Mamede – freguesia no concelho de Évora;

• S. Mamede – freguesia no concelho da Batalha;

• S. Mamede – freguesia no concelho de Lisboa;

• S. Mamede de Coronado – freguesia no concelho da Trofa;

• S. Mamede de Escariz – freguesia no concelho de Vila Verde;

• S. Mamede de Este – freguesia no concelho de Braga;

• S. Mamede de Infesta – freguesia no concelho de Matosinhos;

• S. Mamede de Negrelos – freguesia no concelho de Santo Tirso;

• S. Mamede de Recezinhos – freguesia no concelho de Penafiel;

• S. Mamede de Ribatua – freguesia no concelho de Alijó;

• Azinheira dos Barros e S. Mamede do Sódão – freguesia no concelho de Grândola;

• Batalha de S. Mamede – batalha travada em 1128, entre os partidários de Afonso Henriques e as tropas da sua mãe, Teresa de Leão;

• Igreja de S. Mamede – igreja situada em Évora;

• Igreja de S. Mamede – igreja situada em Lisboa;

• Igreja de S. Mamede – igreja situada em S. Mamede de Ribatua.


___________________________________________________________________
Referências:

(1) – Capadócia: é uma região histórica e turística da Anatólia Central, situada na Turquia.

Em muitos mapas, o nome da Capadócia não é mencionado, uma vez que não corresponde a qualquer demarcação política.

(2) – Cárcere: actualmente denomina-se por prisão.

(3) – Cesareia: localiza-se na Costa do Mediterrâneo, a meio do caminho entre Tel Aviv e Haifa.

(4) – Monte Algeo: é um antigo vulcão, já extinto, na Turquia, situado na Anatólia Central, a cerca de 25km de Cesareia.

O seu cume mais alto, situa-se a uma altitude de 3916m, e é a montanha mais alta de região, ocupando uma área de 1300km2.



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

NOVO WEBSITE DE S. MAMEDE DE RIBATUA

Boa tarde a todos.

Dado que não existe nenhum website, ou os que existem não são actualizados à muito tempo, decidi criar um, desta grande "aldeia feliz"... Deste modo, informo que o link é: http://smamederibatua.pt.vu/.

Informo também, que serão colocadas publicações no blog e no novo website, dado que um complementará o outro, pelo que deverão consultar os dois...

Já agora, para tirarem algumas dúvidas ou informações, ou até enviarem textos e fotos para publicação, crieu também um email, que é smamederibatua@hotmail.com.

Visitem o novo website!!!

BIOGRAFIA DE JOSÉ JOAQUIM TEIXEIRA LOPES

TEIXEIRA LOPES - PAI

1837-1918

- ESCULTOR E CERAMISTA -






Membro destacado da ilustre família Teixeira Lopes, cujos artistas, como dizia Luís de Camões “por obras valorosas se vão da lei da morte libertando”, merece toda a nossa admiração.

O escultor nasceu em S. Mamede de Ribatua, no dia 24 de Fevereiro de 1837 e faleceu em 1918.

O Povo conserva na memória os seus primeiros passos “O pai dele era ferreiro e só vivia da arte. Tinha uns bocadinhos de terrenos (poucos) e uma casinha pobre.

Seu pai, como nem sempre tinha dinheiro para carvão, mandava-o às cascas de pinheiro para a forja.

O miúdo precoce levava sempre uma faca de cozinha com ele e ficava por lá muito tempo a fazer bonecos das cascas. E a mãe ia-o lá chamar porque demorava muito “que viesse depressa para o pai acender a forja!”

Então uma vizinha, uma das primeiras professoras de S. Mamede de Ribatua, vendo os bonecos dizia aos pais “que deviam mandar o filho para a escola de Belas Artes, no Porto, que podia sair um bom escultor”.

E a mãe respondeu a essa vizinha: “que era muito pobrezinha e não tinha posses para o mandar”.

A amiga encorajou-a: “se quisesse mandar tinha lá família para o meter”. A senhora arranjou tudo e ele ficou na História.

Salvaguardando qualquer incorrecção histórica da narração, importa realçar a espontânea e a precocidade do Escultor que nela se exaltam.

Ainda sem escola de escultura, o menino-prodígio já esculpia estátuas de Senhores-dos-Passos e Nossas Senhoras da Soledade. “Para o bom trabalhador qualquer ferramenta basta”, diz o ditado e não me restam dúvidas que o sublime Escultor o personificou, pois com a ferramenta desajustada do tio espingardeiro produziu trabalho de valor.

Obras suas, pelo menos atribuídas pela tradição, enriquecem o espólio de igrejas próximas, revelando a sua elevada qualidade de santeiro: S. Mamede de Ribatua, Castanheiro do Norte, Alijó e Amieiro.

O escultor descendia de família humilde, de artificies de habilidade invulgar em múltiplos domínios.

O pai, ferreiro e músico, não sentia dificuldade em trabalhar mesmo como carpinteiro ou marceneiro. Para ele o fabrico de instrumentos (em metal ou madeira) não o perturbava.

O avô também se defendia dignamente na vida, trabalhando como tanoeiro e torneiro.

José Joaquim Teixeira Lopes estudou, mais tarde, com M. da Fonseca e Jouffroy, na bela cidade de Paris.

Do conjunto da sua obra, destaco a estátua equestre de D. Pedro V, na Praça da Batalha, no Porto (1862), e a do Conde Ferreira.

Como justo prémio da sua arte foi condecorado com o grau de Cavaleiro (Ordem de Cristo).

Em S. Mamede deixou as obras já referidas.



In: “Monografia de S. Mamede de Ribatua



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Funicular pode ser alternativa à ferrovia no Tua - JN (03/10/2010)

Barco também pode substituir linha submersa pela barragem.

 

Um funicular entre a foz do rio Tua e a barragem, uma travessia fluvial e o aproveitamento da linha ferroviária não submersa constituem um dos planos alternativos de mobilidade à Linha do Tua proposto pelo Governo. A viabilidade está em estudo.

Esta foi uma das ideias que estiveram em cima da mesa, ontem, no Museu do Côa, na primeira reunião a juntar todas as partes interessadas no processo de construção da barragem do Tua, entre Carrazeda de Ansiães e Alijó, mas que abrange também os concelhos de Murça, Vila Flor e Mirandela.

A criação do aproveitamento hidroeléctrico vai submergir os últimos 16 quilómetros da via-férrea, cortando definitivamente a ligação por comboio entre a Linha do Douro e Mirandela. Ontem, os cinco autarcas voltaram a reivindicar a uma só voz a criação de uma agência de desenvolvimento regional e uma alternativa de mobilidade à linha do Tua.

"As propostas que estão em cima da mesa agradam aos autarcas, resta saber a sua viabilidade financeira, quer na vertente de investimento quer na de funcionamento", sintetizou no final do encontro, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, realçando a hipótese do funicular, que a ser realidade iria ter cerca de dois quilómetros de extensão, e da travessia do vale em barco até à estação da Brunheda.

Para os autarcas, todas as possibilidades estão em aberto. "Pode ser o modelo A, B ou C. O que nós queremos é que satisfaça a mobilidade diária das populações e que seja atractivo do ponto de vista turístico", sublinhou o edil de Alijó, Artur Cascarejo, falando em nome dos cinco.

Humberto Rosa também deixou claro que a agência de desenvolvimento regional reivindicada pelos presidentes de Câmara "vai mesmo existir". E está mesmo "esperançado" que tal venha a ser uma realidade ainda este ano.

Esta agência é vista pelos cinco presidentes de câmara como fundamental para "mudar o paradigma da construção de barragens". "Que não seja apenas um investimento virado para o aproveitamento hidroeléctrico, mas que também promova a coesão territorial e o desenvolvimento económico das populações afectadas", vincou Cascarejo.



FONTE:
 Jornal de Noticias (03-11-2010)



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

GRUPO DRAMÁTICO RIBATUENSE SUBIU AO PALCO DO TEATRO MUNICIPAL DE ALIJÓ

Grupo Dramático Ribatuense, no Auditório Municipal de Alijó.
Tratou-se do regresso ao Palco de Alijó, de um dos mais antigos grupos de teatro do Concelho. O Dramático Ribatuense, conta com largas dezenas de anos de tradição na arte dramática e, São Mamede de Ribatua, sempre foi conhecida pelas encenações que realizava, especialmente pela época das suas festas populares. Desta feita, o Grupo trouxe duas pequenas comédias a Alijó. A peça “Uns Comem os figos…” trata dos amores e desamores de Laura que é vítima de um casamento arranjado por sua tia, com um primo rico da província. O pretendente tem, no entanto, tanto de rico como de ridículo. Vale a esta situação a intervenção sábia da criada, para que tudo se resolva de acordo com os desejos da noiva contrariada. Quanto à peça “Uma casa de doidos”, torna-se rocambolesca a vontade de um escritor que procura material para escrever uma “obra-prima” num hospital psiquiátrico. Contudo, sem o saber, entra numa casa de família e as situações cómicas sucedem-se até à descoberta do mal-entendido. Mais uma vez, o Teatro Auditório recebeu o Grupo Dramático Ribatuense para um serão agradável, contando para o efeito com uma plateia que compôs a sala para aplaudir estes artistas amadores, que não deixam morrer a tradição da arte da representação no Concelho de Alijó.


FONTE:
http://www.cm-alijo.pt/noticia/149